19/05/2020. Enviado por Dra. Taís Pereira Santos
Muitas situações rotineiras de nossas finanças podem nos colocar em dúvida sobre as condições dos contratos e financiamentos que temos. Adquirir uma casa, uma moto, financiar um curso superior, comprar um carro, são sonhos para muitas pessoas. Esse sonho pode ser melhor vivido quando pagamos valores justos que nos tranquilizam.
Assim, é importante ficar atento se a instituição financeira ou o banco de seu contrato/financiamento está cobrando juros razoáveis. É importante esclarecer que não existe uma lei específica definindo o que é um juro abusivo. Mas existem alguns parâmetros que os consumidores podem utilizar.
Primeiramente, antes de assinar um contrato, compare as taxas de juros que a instituição financeira está lhe oferecendo com as taxas de juros publicadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). O Bacen publica periodicamente as taxas médias de juros cobradas por todos os bancos brasileiros para diversas modalidades de financiamento. Realizando essa consulta prévia você consegue ter decisões mais seguras sobre as opções de financiamento disponíveis. Esse relatório está disponível no menu “Estatísticas” no site do BACEN.
Caso o consumidor já tenha assinado o contrato, também é possível simular o valor total de seu financiamento, sendo possível observar e ter melhor controle sobre o que o consumidor realmente vai investir para obter o bem financiado. Esse valor pode possuir grandes oscilações de um banco para outro, a depender da taxa de juros praticada.
No site do BACEN, opção “Calculadora do Cidadão”, o consumidor simula o seu financiamento e compara com as taxas praticadas no mercado nacional, na opção “Estatísticas”, conforme explicado acima. ´
Não se esqueça também de reler o seu contrato e procurar entende-lo. Saber o que se está pagando dá ao consumidor tranquilidade e segurança para seguir com o financiamento. Assim, oberve se não há taxas embutidas no contrato a qual você não entende o porquê da cobrança. O consumidor pode fazer isso sozinho ou contratar profissionais habilitados para lhe ajudar a interpretar o contrato. Os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon por exemplo, também são essenciais nesse suporte.
É sempre importante tentar uma negociação junto a instituição financeira/banco de seu contrato/financiamento. E quanto mais bem informado o consumido estiver, mais chances de se obter uma negociação de sucesso, com possibilidades reais de solução do problema.